Dan Mangan - Nice, Nice, Very Nice

Peguei esse disco por indicação de um amigo meu. E sinceramente, achei muito difícil escutá-lo de uma vez só. É que a temática desse disco é tão complexa que se torna quase que impossível ouvi-lo acompanhando as músicas pela ordem que o álbum te proporciona. Acontece que, na maioria dos trabalhos que escutei, as músicas presentes tinham um certo vínculo, seja ele com autor, com a capa (Bibio – Ambivalence Avenue), ou com alguma mensagem que o álbum queira passar. O que mais me intrigou foi o fato das músicas serem totalmente avulsas, e não seguirem uma linha óbvia de raciocínio. Hora dançantes, hora caipiras, hora tristes, hora com riffs de guitarras e assim por diante. Você pode notar essa diferença entre “Basket” e “Robots” ou entre “Fair Verona” e Some People”. O que achei fabuloso nesse disco foi justamente essa mistura que confunde toda a audição. O que é até sensato, por um lado. Uma vez que ao invés de analizar-mos o álbum como um conjunto formado por 10 ou 12 músicas. Passamos a observar música por música, composição por composição, arranjo por arranjo. Algo que não acontece em uma audição de um disco dos Los Hermanos, por exemplo. Quando me referi aos discos dos Los Hermanos, não quis dizer que não existe análise individual a cada música. Mas é que, os álbuns deles possuem toda uma temática. O “4” por exemplo, é todo trabalhado em cima da imagem de uma morena, segundo Marcelo camelo. O que eu quero deixar claro aqui é o fato de Dan Mangan não ter adotado esse estilo linear na produção desse disco. Este é um fator preponderante para que “Nice, Nice, Very Nice” se torne uma obra prima rara, separada em varias vertentes e em vários momentos.

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