Elliott Smith - Either/or

Com uma tendência meio que suicida, Elliott Smith nos mostra o que há realmente em sua alma. A intenção de nos ferir ao escutarmos esse álbum é notória. Uma vez que, as músicas alem de serem tristes, são pesadas e tensas assim como suas composições. Já havia postado anteriormente sobre “Angeles”. A alma de Either/or. Aliás, o disco é todo construído em cima dessa música. Dar-se a entender que Elliott compôs e produziu esse disco de madrugada ou sei lá. Tal afirmação deve-se ao tom baixo das músicas. É preciso ouvir o álbum em um volume alto para pegar todos os detalhes. Eu costumo bater sempre na mesma tecla em relação à ordem das músicas no disco. Isso é importante para que possamos ter uma noção do que o disco nos passa. Em either/or essa tal ordem é extremamente planejada, de forma com que consigamos entender todo o disco ouvindo apenas “Speed Trials” e “No Name No. 5”. A única música que quebra um pouco esse clima suicida é “Ballad of Big Nothing”. Com uma bateria semelhante à “Cupid’s trick” a música soa como uma introdução à “Between the Bars” que, por sua vez acalma e retorna à melancolia. A maioria das músicas não conta com tecnologias de produção de efeitos sonoros tal como, samples, pick ups e toda essa “sugeira” que retrai a essência real da música. Não. Aqui, ao contrário de outros álbuns do cantor como Figure 8, se vê bastante violão e marcações básicas na bateria. Dar-se evidência primeiramente à voz e ao violão. Mais uma vez exemplificando “Angeles”. O disco encerra-se com “Say Yes” que soa como uma música de aniversário. Surge então uma idéia de comemoração por ter chegado ao final do disco com os pulsos intactos. Either/or é de longe um dos discos mais pesados já produzidos. E uma vez que entendido se torna qualquer coisa capaz de te ferir, menos um disco.

- Download

Nenhum comentário:

Postar um comentário