The Strokes - Angles

Os Strokes de Julian Casablancas, dos New Wave setentistas, dos arranjos bossa nova e da irregularidade de 2011. Sim, totalmente fora de foco e contra dizente a tudo que o grupo vinha construindo até aqui. Pois bem, eu já tinha certeza que, ou esse disco vinha com tudo ou não passava da primeira audição. Infelizmente a segunda hipótese prevaleceu. Não que o disco esteja ruim, muito pelo contrário. O problema é que foge totalmente do que costumamos associar referente ao pronome do grupo. O que é predominante em “Angles” predomina, também, na maioria dos trabalhos lançados de 2009 pra cá. Trata-se desses malditos arranjos eletrônicos usados indiscriminadamente e de forma abusiva, até. A aversão ao escutar certas faixas é notória. Por outro lado, as músicas que escapam fazem jus aos bons e velhos Strokes que estamos acostumados a ver e ouvir por aí. Tá, posso até dizer que gostei, mas só pelo fato de ter achado o disco mais consistente, e nada mais. Tido como um dos lançamentos mais impactantes de 2011, “Angles” deixou muito a desejar. Não em questão de conteúdo, mas em questão de qualidade. Tendo em vista que todos os singles estão exacerbadamente bem organizados, tanto quanto aos efeitos que estragaram o disco, diga-se de passagem, como quanto às guitarras, baixo, vocal e bateria que dão vazão aos poucos aspectos legais restantes do “Old Strokes Is This It”. Eu só espero que essa onda New Wave passe logo sob o cenário da Indie Music e vá embora, antes que os Strokes virem Beach Boys, lancem um “Surf's Up” em pleno século XXI e a moda pegue de vez.

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