My Beautiful Dark Twisted Fantasy - Kanye West

Kanye West, cara. E olha que eu nem gosto de Rap Music, em!? Hip Hop e afins eu prefiro não escutar. Só que esse artista sempre chamou minha atenção, mais precisamente, depois do trabalho dele com o Jamie Fox; eles cantavam aquela música "She Take My Money" ♪ ♪ e tal. Pois é, era maior legal e tudo... Enfim. “My Beautiful Dark Twisted Fantasy” é o mais novo disco do Rapper. Conciso, extenso e eclético em sua elaboração, o álbum procura mais uma vez cair no clichê do artista quanto à inovação constante de seu trabalho. Não mais surpreendentemente, o disco toca num ponto que, na minha opinião, é, no mínimo, apto a se considerar, diria crucial. Tal ponto se resume basicamente à interconexão de sua discografia em relação à sua cinegrafia. Kanye West produziu, dirigiu e interpretou um Curta-metragem de 35 minutos que expunha seu relacionamento com uma Fenix que teria caído na terra. Daí a cada vinheta do Curta, parte de alguma música do álbum era executada, sempre de acordo com a tomada de cena e congruentemente à ordem das mesmas presentes no disco. Mas essa extravagância toda é apenas mero detalhe na obra em questão. O repertorio incluso, esse sim é digno de toda a admiração e a aceitação do público quase que unânime. A forma com que West produziu esses singles beira a perfeição, quase que inexplicavelmente. Eu, particularmente, gostei de todos eles. Bem posicionados e com o término no tempo exato, o disco se torna facílimo de se escutar, sendo bem rápida sua audição por completo. Todas as músicas são exemplares, tanto em sua produção por parte dos sintetizadores, quanto por parte de suas composições. Em especial “Power”, “All of The Lights”, “Devil in a New Dress” e a epônima “Runaway”. Esse Disco foi um dos mais bem trabalhados que escutei esse ano, juntamente com “Wolfgang Amadeus Phoenix” da banda Phoenix; outra obra homérica. Ouçam esse disco e entendam a diferença entre o Hip Hop inteligente e essas outras porcarias auditivas vendidas por aí, parecendo ser produzidas em um daqueles teclados de cantores "covers forrozensses", residentes em bares meia idade.

Narrow Stairs - Death Cab For Cutie

Não tão feliz nas mãos da crítica especializada, "Narrow Stairs" é diferente dos discos anteriores e foge um pouco da linearidade da banda quanto a suas composições. Admito que embora tenha gostado de ouvir esse álbum, achei ele meio fraco em relação aos demais anteriores. Porém é necessário levar em consideração algumas composições existentes aqui; como "Cath..." e "Grapevine Fires". A análise seguirá perante e quanto a essas duas músicas que, a meu ver, são a alma do disco. Ambas com clipes, composições e melodias sensacionais, fazem o contorno e preenchem o espaço em branco deixado pelas outras músicas. Eu não sei o que significa o nome do álbum, tão pouco o propósito do mesmo e nem faço a mínima questão de saber. O fato é que se essas duas mesmas músicas citadas a pouco não fizessem parte do disco, com certeza o próprio não estaria postado aqui. Ben Gibbard - vocalista da banda, além de ótimo compositor é um excelente roteirista. Tal afirmação deve-se ao alto nível dos videotapes de determinadas músicas. Todos Emocionantes e depressivos. A grande verdade é que conheci esses caras pela MTV. Estava assistindo quando começou aquele riffizinho de guitarra na intro de "Cath...", seguido de uma excelente performance. Todos são muito bem disciplinados tocando ao vivo, diga-se de passagem. Mas enfim, daí baixei o disco que tinha determinada música e fui escutar, quando descobri uma das músicas mais belas que já escutei e de composição mais excêntrica. O resto do repertório não é tão bom, mas podemos destacar ainda "the ice is getting thinner" fechando o trabalho. Com tudo, achei o disco bom e a resenha uma merda.

Grace - Jeff Buckley

Antes que, por ventura, venham a baixar esse disco. Ouçam "Songs To No One"; resultado da parceria entre Jeff Buckley e Gary Lucas. Tal ação se faz necessária devido as Demos de estúdio que o compõe, como por exemplo a versão original de "Monjo Pin" e "Grace"; Relíquias do compositor que, diga-se de passagem, não fosse sua morte precoce, teria se tornado um dos maiores compositores Norte-Americanos da história. Caracterizado por uma voz extremamente aguda e pungente, Jeff Buckley fez em um disco o que muitos artistas não conseguiriam fazer em uma discografia inteira. "Grace", como já havia exposto em uma resenha sobre um disco de Elliott Smith, é tão intenso quanto Either/or; outro álbum que, na minha opinião, é o mais pesado já produzido em termos de composições. Quando me refiro ao disco como pesado, não atribuo tal conceito enraizando-o ao senso comum. Me refiro a altíssima carga de sentimentos imposta, que faz com que um simples disco se torne uma tempestade de ímpeto. Tempestade essa que atinge quem o escuta e que faz o mesmo sentir-se sujeito a tal. Violões em alta escala, guitarras e belas composições fazem jus a qualquer crítica enaltecendo Jeff Buckley. Gênio da música americana e residente até hoje na historia da mesma. A meu ver "Last Goodbye" é uma das canções mais belas já elaboradas. Composta por violinos e uma bateria linda, porém simples e concisa, à la estilo Chad Smith. Sem falar nos agudos emitidos pela voz do compositor citados a pouco. De todos que estão aqui no Blog, com certeza esse disco é um dos mais belos. Recomendo que escutem e me agradeçam pelo presente.

XX - The XX

The XX é um grupo britânico, que por sua vez, tem vários singles emplacados em comerciais e mini-séries da inglaterra. Entre os tais estão "Intro" e "VCR"; ambos do disco em questão. Eu, particularmente, acho muito interessante a abordagem progressiva que o grupo adotou na elaboração desse trabalho. Principalmente no que diz respeito ao uso de um efeito semelhante a um efeito de clarinete ou a uma guitarra comum em composições da banda de Indie Music; Interpol. O disco é todo baseado em sintetizadores e vocais leves, que se encaixam em uma espécie de sucessão lógica. Em outras palavras, é possível dizer que as composições desse álbum sejam previsíveis ou apenas inadeptas à complexidade mesmo. Enfim, os singles são muito bem elaborados, desde sua composição até a elaboração das melodias empregadas aos tais. Entre os destaques do trabalho estão: "Intro", "VCR", "Shelter" e "Fantasy". Com todas a ponderações anteriores é importante ressaltar ainda que, o vocal do disco é duplicado, sendo hora feminino, hora masculino. Filho primogênito da banda, "XX" de cara já nos traz uma ótima impressão. Esperamos que haja uma continuação, quanto a discografia da banda. No mais, o primeiro álbum está sensacional. Altamente recomendado.

Clube de Esquina - Milton Nascimento e Lô Borges

Introduzido por um violão tímido e uma voz ínfima ao fundo em "Tudo que Você Podia Ser", clássico irrefutavelmente composto por Lô Borges, diga-se de passagem. "Clube de Esquina" marcou toda uma era na velha guarda da MPB nos anos 80. Semelhante ao disco de Caetano Veloso no ano de 69, intitulado com o próprio nome do compositor, o álbum em questão, nos trás vários sucessos e composições elaboradas especialmente para o compacto. Sucessos estes, que vem de uma longa e velha safra de canções de ambos os compositores, porém com uma essência rara, composta por sentimentos entrelaçados dos dois, que por sua vez, propiciam canções leves e melodias homéricas, que se tornam impossíveis de serem ouvidas sem ceticismo e paixão por parte de quem admira. A seleção das músicas, bem como a ordem das mesmas é milimetricamente calculada, causando assim uma sensação de continuidade de uma canção pra outra; tal afirmação se concretiza quando analisamos duas canções, uma seguida da outra, como por exemplo: "Um Girassol da Cor de Seus Cabelos" e "San Vicente". Claro que opiniões a parte, talvez haveria discordância, porém não deixa de ser uma análise válida, a ser levada em consideração (...) em relação as composições em si, baseiam-se em violões e percussões leves e eventualmente em rifs de guitarra com baixa distorção. Nada é demais, alto demais ou eufórico demais. É tudo simples, belo, essêncial (...) Não deveríamos entender "Clube de Esquina" como um esboço ou um disco completo, concretizado e imutável. Mas sim como uma expressão de sentimentos inacabada, algo em constante mutação a cada audição feita por quem exalta Lô borges e Milton Nascimento.

Illinoize - Sufjan Steves feat. Tor

Pra quem não sabe, o Tor é um produtor musical brasileiro, entende? E o Sufjan Steves é a revelação do cenário Folk, atualmente. Pois bem, os dois se reunirão e decidiram lançar um remixtape do Illinoise, intitulado IllinoiZe. Meio complicado, né? Eu não me importo. O fato é que, esse remixtape é uma raridade em relação aos outros. Porque muito embora ambos tenham a mesma linearidade no que diz respeito à produção. Os dois se distinguem nas composições e nas participações especiais. Mas mesmo assim, a audição desse EP é bem tensa e triste. Como a de seu antecessor. A dupla acertou em cheio a seleção das músicas e claro, “John Wayne Gacy JR” Não poderia ficar de fora, já que, é considerada uma das músicas mais sombrias já produzidas pelo cantor. Nomes como: Big Daddy Kane, Outkast e Gift of Gab; estão presentes no EP que, na minha opinião, se não foi o melhor remixtape já produzido, com certeza é top 3.

The Clientele - Bonfires of the Heath

The Clientele é um Grupo britânico que baseia seus trabalhos em músicas dos anos 60 e em literaturas suburbanas locais da época. “Bonfires of the Heath” explora uma sincronia entre violão e teclado, alem de trompetes solando quase sempre entre os finais das canções. A linha de baixo também é notória em algumas músicas, como em a que leva o nome do disco. Já os vocais, na minha análise, por incrível que pareça, soam apenas como meros detalhes, uma vez que, a essência presente nesse trabalho se encontra na harmonia instrumental. Na verdade, o que rouba a cena em relação à beleza dos vocais, são os clarinetes, juntamente com os teclados, que, por sua vez , intercalam-se entre riffs contínuos e compassados ditando o ritmo da musica e solos que embelezam ainda mais os trabalhos da banda. “Bonfires of the Heath” teve boas críticas, merecidamente, é claro. Eu, particularmente, gostei muito de escutar esse disco, que por sua vez, nos proporciona uma retratação imensa do que realmente foi o inicio da Folk Music na década de 70. Indiscutivelmente um dos trabalhos mais bem feitos do grupo. Excelente.

Woods - Songs of Shame

Nesse disco há uma perfeita simetria no que diz respeito a todos os elementos do mesmo. A capa que, por sua vez é o cartão de visita de qualquer trabalho musical, tem uma ligação direta com o nome da banda e com as músicas que se seguem no álbum. Altamente recomendado, “Songs of Shame” conta com uma voz baixa e aguda, acompanhada por uma guitarra tímida que só aparece em determinados momentos com uns riffs meio que “Californianos”, ao estilo Jesse Hughes. Ao contrario dessas tais guitarras, as percussões são notórias e se estendem por quase todo o repertorio. Em relação a esses batuques, as influencias de David Byrne e Vampire Weekend parecem ser o ponto de partida da formação desse álbum. Por outro lado notamos o trabalho do baterista que, por sua vez, optou por não fechar a esteira da caixa, dando assim uma pegada meia old school, lembrando os velhos de Sonic Youth e Dinosaur Jr. O fato é que se torna inadmissível não adotar o ceticismo na audição desse disco, pois, são esses ínfimos detalhes que tornam “Song of Shame” uma obra de arte do folk contemporâneo.

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Vincent Gallo - When

When é tão intenso quanto Grace de Jeff Buckley ou Either/or de Elliott Smith, mas se torna impossível de se notar essa tal intensidade sem uma abstração. A obra de Vincent Gallo é tão estranha que retrai a idéia a ser passada em relação a seus discos. Quando escutado de primeira acha-se que Vincent na verdade é uma mulher calma e serena. Tal afirmação deve-se aos falsetes executados pelo mesmo e aos tons baixos dos vocais. A nostalgia desse álbum é imensa, impressionante e destruidora. O álbum é dividido efetivamente em duas partes: Uma com trabalhos focados apenas no instrumentalismo e outros com adicionais do vocalista. São músicas como “Was” que, nos faz retornar a momentos vividos que marcaram toda uma era, sejam eles bons ou ruins. Perfeito pra se ouvir em dias de chuva, When conta ainda com dedicatórias inusitadas, como: “I wrote this song for the girl Paris Hilton” e “laura”. Ouvir When é mais que escutar um simples disco, é uma análise intrínseca. Seria como ler uma poesia, ou como observar um quadro surrealista. Para entender Vincent Gallo é necessário primeiro uma introspecção ao trabalho, no que diz respeito a suas músicas. O que se torna quase que impossível, uma vez que, por trás de seus sentimentos ainda exista uma barreira composta por dois ou três discos que, juntos formam um aglomerado nostálgico e melancólico, capaz de te confundir e entristecer. A forma abstrata como Vincent Gallo realiza suas composições em When, da um charme ainda maior, enchendo seus discos de brilho e nos instigando a conhecer ainda mais seus propósitos e seus motivos. Nesse disco o artista mostra que seu talento não é deslumbrante apenas em trabalhos cinegráficos, mas sim também musicalmente falando.

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Department of Eagles - In Ear Park

Idealizado por Fred Nicolaus e Daniel Rossen ambos da banda experimental Grizzly Bear, a Department of Eagles talvez seja impossível de ser entendida ou compreendida. Tal afirmação deve-se ao alto grau de complexidade imposta pelos músicos, no que diz respeito a composições e principalmente a arranjos eletrônicos que diferem de tudo que já escutei. Talvez Nicolaus e Rossen estejam melhor nessa banda pelo fato de serem extremamente parecidos e terem uma liberdade maior de composição, coisa que não acontece em uma banda com mais de 4 pessoas, por exemplo. Esse é o caso de Grizzly Bear. A banda ainda lembra um pouco os trabalhos da também banda experimental Animal Collective. “No One Does It Like You” e “Phantom Other” talvez sejam as músicas mais inaudíveis do disco, porem extremamente criativas e diferentes, Como manda o figurino. Esse é o primeiro disco da banda que vem acompanhado de alguns EP’s, que por sua vez, não possuem o mesmo brilho que esse trabalho completo, infelizmente. Mas dignos de se escutar mesmo assim. O disco possui vários recursos eletrônicos, mas não nos deixa perceber se não houver uma análise atenciosa ao mesmo. É que as musicas foram projetadas de uma forma tão natural, tão sincera e transparente que, esses tais recursos eletrônicos mais parecem um mero detalhe do que uma peça chave para rotular o trabalho realizado. A exemplo disso, podemos observar “Around the Bay” que se porta de maneira a entendermos os arranjos eletrônicos apenas como barulhos instrumentais simples. Outro diferencial é o fato de Nicolaus optar por empregar funções eletrônicas imitando os sons de instrumentos filarmônicos e até mesmo de origem folclórica como surdos e bandolins. O verdadeiro segredo desse disco não está nesses tais arranjos eletrônicos mencionados a pouco. E sim no núcleo desse conjunto que inclui as melodias e as composições. Department of Eagles agradou a critica especializada. Porem não passou de mais um projeto paralelo bem sucedido. Infelizmente talvez não possamos esperar algo semelhante.

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Elliott Smith - Either/or

Com uma tendência meio que suicida, Elliott Smith nos mostra o que há realmente em sua alma. A intenção de nos ferir ao escutarmos esse álbum é notória. Uma vez que, as músicas alem de serem tristes, são pesadas e tensas assim como suas composições. Já havia postado anteriormente sobre “Angeles”. A alma de Either/or. Aliás, o disco é todo construído em cima dessa música. Dar-se a entender que Elliott compôs e produziu esse disco de madrugada ou sei lá. Tal afirmação deve-se ao tom baixo das músicas. É preciso ouvir o álbum em um volume alto para pegar todos os detalhes. Eu costumo bater sempre na mesma tecla em relação à ordem das músicas no disco. Isso é importante para que possamos ter uma noção do que o disco nos passa. Em either/or essa tal ordem é extremamente planejada, de forma com que consigamos entender todo o disco ouvindo apenas “Speed Trials” e “No Name No. 5”. A única música que quebra um pouco esse clima suicida é “Ballad of Big Nothing”. Com uma bateria semelhante à “Cupid’s trick” a música soa como uma introdução à “Between the Bars” que, por sua vez acalma e retorna à melancolia. A maioria das músicas não conta com tecnologias de produção de efeitos sonoros tal como, samples, pick ups e toda essa “sugeira” que retrai a essência real da música. Não. Aqui, ao contrário de outros álbuns do cantor como Figure 8, se vê bastante violão e marcações básicas na bateria. Dar-se evidência primeiramente à voz e ao violão. Mais uma vez exemplificando “Angeles”. O disco encerra-se com “Say Yes” que soa como uma música de aniversário. Surge então uma idéia de comemoração por ter chegado ao final do disco com os pulsos intactos. Either/or é de longe um dos discos mais pesados já produzidos. E uma vez que entendido se torna qualquer coisa capaz de te ferir, menos um disco.

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13 Melhores de 2009 | Spoiler

A ordem dos discos, tal como seu ano de lançamento, não possui nenhuma relação com o título. Esses discos, independentemente desses fatores, correspondem a meu critério. São discos ouvidos por mim no ano de 2009. Podendo assim ser antigos ou do ano de 2009 mesmo.

13º Howlin Wolf - London Sessions

Lenda do Blues de Chicago, Howlin Wolf é meu favorito na vertente. Essa é uma coletânea, na verdade. Porem muito bem elaborada, contendo uma parte de cada disco do compositor. O fato é que a obra de Howlin é imensa. Por isso seria desnecessário fazer uma resenha para cada disco. Sendo assim, achei mais pratico escrever sobre essa coletânea que conta com clássicos como, “I Ain't Superstitious”, “What A Woman!” e “Smokestack Lightnin'”. É que esses compositores de blues da década de 70 realizavam seus trabalhos de tal forma que se tornaria muito difícil a analise futura de críticos ou metidos a besta, como no meu caso. Porem se você pensa em começar a ouvir Blues, comece por esse: London Sessions.
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12º Nando Reis - 12 de Janeiro

12 de Janeiro é o disco mais bem produzido de Nando Reis no que diz respeito aos violões. O álbum que soa como um acústico em pleno auge da carreira do cantor é composto quase que por completo por no mínimo três violões para cada música. Um festival de acordes bem feitos e que anima a audição do disco. As letras são mais descontraídas e menos pesadas do que a de seus sucessores. Esse álbum foi um dos que consagraram Nando Reis como compositor solo e embalou sua carreira de vez. Muita gente não presta atenção no desenrolar do disco. Mas nota-se que Nando se preocupou em dar um começo, meio e fim. Essa afirmação ganha sentido quando reparamos até mesmo nos títulos das musicas. Bem divertido, animado e extrovertido, 12 de janeiro é mais um trabalho do compositor digno de ser admirado aos detalhes.

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11º The Strokes - Is This It

Embora muitos achem esse álbum divertido de se ouvir. Eu o acho melancólico. Mas nem por isso o disco perde o brilho. Muito pelo contrario. Considerado um marco na historia do rock and roll, Is This It conquistou o respeito da critica especializada e se consagrou como um dos álbuns mais importantes da historia moderna. São musicas como “Last Night” que nos fazem perceber que mesmo nos tempos de hoje ainda é possível apelar para o rock and roll puro, sem arranjos eletrônicos, livre de qualquer “sujeira”. O que mais me admira nesse disco é a bateria de Fabrizio Moretti, o músico que também reside na banda Little Joy juntamente com o cantor brasileiro Rodrigo Amarante, ex Los Hermanos, adotou um estilo semelhante ao do baterista da banda de Art Punk americana, Red Hot Chilli Peppers. Que por sua vez atende só ao necessário, ao que a música pede. Alias, o álbum é todo construido nessa temática. Provando que a beleza está no simples e no objetivo.

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10º Radiohead - The Bends

É claro que os outros discos mais recentes do grupo nos mostra uma notável evolução. Porem, The Bends foi o disco que chutou de vez Thom Yorke, John Greenwood e todos os outros gênios que juntos formam a maior banda de música alternativa, na minha opinião. The Bends conta com um dos melhores repertórios já elaborados na historia. Tudo colocado em seu devido lugar. Falar sobre os arranjos e efeitos adotados pelos membros levaria bem mais de 10 linhas. Mas não podemos deixar de destacar aqui “Fake Plastic Trees”. A música foi inspirada na obra de Jeff Buckley e emociona até mesmo os membros da banda. São infinitas as variações desse álbum. Difícil de se ouvir de primeira, como qualquer outro disco alternativo. Mas totalmente útil e necessário para entender a essência do trabalho do grupo.

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9º Spoon - Gimme Fiction

Particularmente, eu acho esse disco do Spoon o melhor já feito pelo grupo. Não só pela excelente produção, mas também pelas composições, pela ordem das músicas, pelos vocais empregados e assim por diante. Funciona como uma cadeia. Eu já adorava o vocal dessa banda. E agora com esse disco então... Eles adotaram uns riffs sensacionais para a guitarra. O baixo está bastante expressivo também. Sem contar o característico piano. “The Two Sides Of Monsieur Valentine” é a prova do amadurecimento musical do grupo. O disco conta ainda com arranjos de violinos. Nada muito excessivo. Na medida certa. Quase sempre nos refrões para ser mais exato. Esse disco talvez seja o disco que mais se aproxime de discos como os de Sonic Youth, por exemplo. A pegada ta meia anos 70’s. Prático de se ouvir e fácil de se gostar.

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8º Eagles of Death Metal - Peace, Love, Death Metal


A alegria desse disco é contagiante. Josh Homme e seus amigos de longa data decidiram se reunir e assim fundar o Eagles of Death Metal. No ano de 2009 eu tive a oportunidade de ir a um show deles e fiquei pasmo com a desenvoltura desses caras. A banda para que não sabe é proveniente de umas das bandas mais famosas de stoner rock, Queens of The Stone Age. E conta ainda com a ajuda do produtor Brant Bjork, outro consagrado do cenário. Esse disco tem uma guitarra bem suja, assim como os outros discos da banda. E é recheado de back vocals executados pelo próprio Jesse Hughes, vocalista da banda. O que eu acho legal são os falsos falsetes feitos por Jesse, que, dão um “up” nas músicas. Deixando-as a cara do trabalho realizado pelos caras. É bem divertido escutar Eagles. Principalmente esse disco. Da vontade de dançar.

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7º Beck - Odelay

Taxado por muitos como louco, Beck Hansen surpreende a cada disco lançado. Odelay, um dos mais consagrados do multi-instumentista e talvez um dos mais complexos, nos mostra o porque do rótulo atribuido ao próprio. “Devils Haircut” e “Ramshackle” dão o ponto de partida e finalizam o disco. Com muito experimentalismo e progressão, Odelay é sem duvida o elo entre a velha e a jovem “guarda” da música eletrônica inteligente. Lançada ao mercado primeiramente por Aphex Twin, curiosamente taxado como louco também. Talvez o grande barato dessa vertente seja mesmo a insanidade existente na produção e composição de seus discos. O fato é que Odelay surpreende a cada audição, sempre nos passando algo de novo. Uma metamorfose ditada por samples e mixers.

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6º Yeasayer - All Hour Symbals

Yeasayer talvez seja uma das bandas experimentais que mais usam recursos sonoros. Esse recursos sonoros variam de tambores até sintetizadores. Os back vocals são divertidos de se escutar e quase sempre as músicas dão a entender que são tocadas em outra dimensão ou sei lá o que. Destaca-se nesse disco “2080” e “Sunrise”. Essas músicas, principalmente “2080”, dotam de muitos efeitos sonoros que vão de voz de crianças a barulhos de pássaros. Outra coisa que me chama atenção nesse disco é a forma com que eles empregaram a bateria. Por um momento parece que a bateria é feita por sintetizadores. Mas não. Por incrível que pareça toda a bateria desse disco é orgânica. Tocada manualmente mesmo. Como de costume. Não nas bandas experimentais. “All Hour Symbals” é quase que divino e merece ser escutado com atenção.

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5º Beirut - The March of Zapotec

Zach Condon sem dúvida nenhuma é um gênio no cenário folk. The March Of Zapotec não prova o contrario. Esse EP consegue ter o mesmo brilho de The Flying Cup e Gulag Orkestar. Zach planejou a produção desse EP de forma com que o número de músicas não influenciasse de forma alguma na essência do disco perante aos outros. “La Llorona”, na minha opinião, é a música mais linda já produzida por Zach, seguida de “Post Cards From Italy” e The Canals of Our City”. O EP não altera em nada as principais características do autor. Aquelas cornetinhass mágicas ainda estão presentes. Bandolins, sanfonas e tudo o que da brilho aos outros trabalhos, não esquecendo das lindas composições, é claro. O EP conta ainda com uma segunda parte. Esse não tão bem produzido como seu irmão. Porem, com a mesma beleza.

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4º The Decemberists - The Hazards of Love

Não conheço muito esses caras. Mas o que mais me chamou a atenção nesse disco foram as introduções presentes no mesmo e a continuidade de composições de uma música para outra. Seria como escutar um disco do Mars Volta, por exemplo. O álbum é cheio de canções lindas e que mais parecem narrações. Alem do mais, Colin Meloy – Vocalista da banda - optou por adotar instrumentos caseiros como violas de fabricação artesanal e cuícas feitas com grão de arroz. Tudo isso para dar ao disco sua forma real. Os back vocals também são muito bem empregados. Uma prova concreta de tudo isso que disse a pouco é “Annan Water”, décima primeira musica do disco. O uso abusivo dos riffs de violões com baixa afinação da um clima ainda mais sombrio ao disco. The Hazards of Love é dotado de bastante feeling por parte de Colin Meloy e prova que a música folk ainda é muito fluente no cenário contemporâneo.

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3º John Frusciante - The Empyrean

Os trabalhos de John Frusciante são inigualáveis. The Empyrean, na minha opinião, é o mais completo, o mais consistente do guitarrista. Nesse disco John abre mão de uma antiga elaboração de seu repertorio somente com composições próprias. Eis então, que surge um clássico: Song to the Siren, de Tim Buckley. Confesso que já vi várias versões dessa musica. Mas a do john, como sempre, foi a mais bem elaborada, a mais recheada de sentimentos. John deu a essa música a alma que estava perdida desde a ultima vez que Tim a executou. Outra música bacana é “Unreachable”. Com solos hora mono, hora stereo, John a fez uma obra de arte produzida por sintetizadores. “Central” é o núcleo e pra finalizar, “Ah Yom”. Uma Bônus track que conta com a participação de seu amigo Josh Klinghoffer, atual substituto de John nos Chilli Peppers.

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2º Taylor Hawkins & The Coattail Riders - Taylor Hawkins & The Coattail Rider

O primeiro projeto solo do baterista da banda foo fighters conta com uma consistência monstruosa. Ao estilo “truck music” Taylor nos revela que não manda bem nos vocais somente em “Cold Day in the Sun”. Aliás, esse é o grande diferencial do disco. Nele Taylor assume papeis distintos na produção das músicas. Alem de produzi-las, o músico também canta e toca bateria. Ao velho estilo “Lamb of god” em que a guitarra substitui o baixo na linha de bumbo/caixa, Taylor e seus escudeiros produzem verdadeiras obras de arte como “louise” e It’s Okay Now”. Outra novidade são os rebotes usados no bumbo. Coisa que Taylor não se sentia a vontade para usar nas composições de Dave Ghorl e cia. Particularmente achei o disco a grande revelação entre os projetos paralelos de vários artistas.

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1º Bibio - Ambivalence Avenue

Considerado o melhor disco de 2009 a meu critério. Top list em vários sites especializados. “Ambivalence Avenue” é um conjunto que envolve até mesmo o cara atravessando a rua na capa. Toda essa sensação de conjunto começa com o primeiro single, exatamente com o nome do álbum. Apontar os destaques desse disco seria uma injustiça. Todas as músicas são sensacionais. Formam um conjunto leve e que por sua vez, passa uma ótima sensação. Ao contrário de muitos, “ambivalence Avenue” não cansa a quem o escuta, por ter músicas leves e que não fogem do contexto do mesmo. São músicas como, "Fire Ant" e "Cry! Baby!" que proporcionam ao disco um excelente começo e um ótimo final. Altamente recomendável.

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John Legend - Once Again

É que eu morro de vontade de escrever algo sobre esse cara. O problema é que conheço muito pouco sobre o próprio. Por isso nessa madrugada, exatamente agora, peguei um disco dele pra escutar. Escutar de forma com que consiga imaginá-lo tomando um chá comigo. Explicando sua própria essência. Revelando o que estava sentindo enquanto elaborava suas composições. O que eu acho curioso nesse disco são as lembranças que me vem de coisas não vividas. Seria como uma saudade do que não aconteceu. Quando eu escuto esse disco sinto falta, por exemplo, da Audrey Tautou. Estranho, mas acontece. Embora muitos críticos especializados no assunto achem “P.D.A. (We Just Don't Care)” a melhor, ou pelo menos a mais bem produzida. Eu fico com “Show me”. É justamente essa música que me da essa “saudade” dita a pouco. Esse “Once Again” é uma delicia de se escutar. Começa meio tenso com “Save room”, mas depois se torna suave com “Heaven” e assim por diante. Eu acredito que John Legend fez esse álbum pra alguém especial. As letras não são tão emotivas. Não são lamentosas. São de dedicação de afeto, carinho e amor a alguém. Sim, Prova disso é “Each Day Gets Better” que por sua vez introduz uma das mais belas do álbum, com certeza; “P.D.A. (We Just Don't Care)” é uma resenha, um aglomerado de todas as músicas que se encontram no disco. A pureza do piano dessa música é tamanha que, me faz pensar por um momento que, existe alguém a minha espera pra fazer amor à luz de velas. E quando ele começa a cantar, então? Vou ser honesto: Particularmente acho uma obra de arte o Legend tocando essa música. Principalmente ao vivo. Outra música interessante é “Slow Dance”. Essa faixa é a que mais se aproxima do glamour do Blues de Chicago. Parece mais uma apresentação amadora de Houlin Wolf em uma noite chuvosa, onde uma dançarina loira e de vestido vermelho dança em cima de seu piano. “Once Again” é um diferencial por ser todo solo. Apenas de John. Não contando com participações de terceiros como “Envolver”; seu sucessor. John expressou nesse disco seu desejo por situações que só poderiam ser concretizadas se a presença da pessoa a quem lhe dedicou esse álbum fosse efetiva. Seria como considerar-se inadmissível o contrário. Embora conheça pouco de John Legend, me apaixono pelas músicas. Talvez o legal seja exatamente isso. Apaixonar-se pelo desconhecido. E fazê-lo parte da rotina.

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Dan Mangan - Nice, Nice, Very Nice

Peguei esse disco por indicação de um amigo meu. E sinceramente, achei muito difícil escutá-lo de uma vez só. É que a temática desse disco é tão complexa que se torna quase que impossível ouvi-lo acompanhando as músicas pela ordem que o álbum te proporciona. Acontece que, na maioria dos trabalhos que escutei, as músicas presentes tinham um certo vínculo, seja ele com autor, com a capa (Bibio – Ambivalence Avenue), ou com alguma mensagem que o álbum queira passar. O que mais me intrigou foi o fato das músicas serem totalmente avulsas, e não seguirem uma linha óbvia de raciocínio. Hora dançantes, hora caipiras, hora tristes, hora com riffs de guitarras e assim por diante. Você pode notar essa diferença entre “Basket” e “Robots” ou entre “Fair Verona” e Some People”. O que achei fabuloso nesse disco foi justamente essa mistura que confunde toda a audição. O que é até sensato, por um lado. Uma vez que ao invés de analizar-mos o álbum como um conjunto formado por 10 ou 12 músicas. Passamos a observar música por música, composição por composição, arranjo por arranjo. Algo que não acontece em uma audição de um disco dos Los Hermanos, por exemplo. Quando me referi aos discos dos Los Hermanos, não quis dizer que não existe análise individual a cada música. Mas é que, os álbuns deles possuem toda uma temática. O “4” por exemplo, é todo trabalhado em cima da imagem de uma morena, segundo Marcelo camelo. O que eu quero deixar claro aqui é o fato de Dan Mangan não ter adotado esse estilo linear na produção desse disco. Este é um fator preponderante para que “Nice, Nice, Very Nice” se torne uma obra prima rara, separada em varias vertentes e em vários momentos.

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Lenine - Acústico MTV

Eu costumo dizer que sempre há uma música do Lenine para cada momento meu. Esse acústico não é apenas mais um trabalho do cantor pernambucano. É uma peça chave de um quebra-cabeça, que se encaixa perfeitamente onde houver necessidade. É como se existisse ali um código que fosse interpretado e absorvido por quem se identificasse com tal música. Seria como estar assumindo a própria autoria do disco. E executando-o a quem lhe realmente fosse de direito. São músicas como “O Último Por do Sol” e “O Homem com Olhos de Raio X” que me fazem perceber que por trás de competentes acordes de violão e envolventes batidas da bateria, acompanhadas por um violoncelo Imponente, existe uma essência bem maior do que a brisa que o disco trás a quem o analisa milimetricamente. O disco começa triste, melancólico, nostálgico. Mas termina de forma alegre, dançante e até mesmo extravagante. Lenine adotou uma estratégia infalível ao deixar as músicas mais dançantes para o final. Claro, se fossemos ouvir um repertório envolvendo todo o disco, como o do começo. De certo, preferiríamos assistir a tragédias gregas ao ir a um show dele novamente. As músicas “Jack Soul Brasileiro”, “A ponte” e “Dois Olhos Negros” fazem parte da salvação do ouvinte dos prantos no final do disco. O Núcleo desse disco, na minha opinião, é “Tudo por Acaso”. Nessa música Lenine nos leva ao auge de nossa paz interior. Os violinos empregados nessa música, nos mostram o quanto os acordes filarmônicos são importantes nos trabalhos acústicos. É como se quem ditasse o ritmo da música fosse os violinos e não a bateria. O cantor, o baixo, os violões e até mesmo a composição são só meros detalhes diante dos sussurros das cordas dos violinos que, quando desaparecem voltam em uma intensidade incrível. Causando arrepios e ânsias de choro. Com tudo, o disco conta ainda com participações especiais como: Igor Cavalera, Richard Boná e o brasiliense Gogh. Não ouçam esse acústico. Toquem junto aos violinistas do mesmo.

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Richie kotzen - Live in São Paulo

Uma série de sensações me acontece quando eu ouço esse puto americano de voz pungente. Pois bem, estava ouvindo hoje e me deu vontade de criar essa página (A terceira a ser excluída daqui a uns três meses). O grande problema em ouvir um disco ao vivo desse cara é associar a sua voz e suas letras a momentos vividos que hora são agradáveis, hora desagradáveis. E quando esses tais momentos são desagradáveis. Aí, meu amigo, fode tudo. Eu acho que naquela noite Kotzen se encontrava num estado de espírito jamais alcançado novamente pelo mesmo. São músicas como “Doin' What The Devil Says To Do” que me fazem tirar essa conclusão. Pois a mesma no disco “Into the Black” – o melhor do cantor já gravado em estúdio, na minha opinião – não tinha e mesma “essência”, digamos assim. Outro artifício utilizado para justificar minha afirmação é “Remember”, claro! (vídeo - www.youtube.com/watch?v=ou_b8mjOVUs). Olha, meu amigo. A performance dessa música, na minha opinião, é a melhor performance desde os tempos de woodstock, onde o aclamado Jimi Hendrix fazia seus malabarismos com sua Fender, encantando o público e construindo assim sua reputação de melhor guitarrista de todos os tempos. Depois de Richie Kotzen, é claro. Brincadeirinha. O fato é que a audição do Live in São Paulo é bastante emotiva. E isso deve-se, claro, ao feeling existente nas músicas empregado pelo aluno ávido a foder corações em sua noite um tanto quanto inspirada. Outro quesito que deveríamos destacar é a sincronicidade do cantor com o público admirador e absurdamente sortudo por estar fazendo parte daquele espetáculo naquela noite. Em “Stand” a afirmação feita anteriormente se concretiza. Exatamente aos 4 minutos e 14 segundos inicia-se uma das coisas mais lindas que já ouvi na vida. Uma multidão ensandecida começa a cantar o refrão ao comando do cantor que por sua vez o faz com vozes agudas e pungentes, seguida de um solo arrebatador que transforma a música em algo digno de se avisar aos anjos, para que os mesmos desçam e testemunhem o que nós, seres humanos, somos capazes de fazer com pouco mais de cinco mil pessoas e um guitarrista. Geralmente eu escuto um disco mais procurando defeitos do que admirando-o. Infelizmente. Mas o Live in São Paulo te instiga a ouvi-lo como algo diferente, como algo a mais. É como se você não estivesse ouvindo um disco e sim admirando-o e se deliciando com uma obra de arte capaz de mostrar a poucos sua essência. Um dos melhores discos ao vivo que já ouvi. Enfim, é altamente recomendável a audição dos discos do Kotzen, sejam eles ao vivo ou não. Irei tomar uma dose de café e me preparar pra ir dormir. Até.

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