My Beautiful Dark Twisted Fantasy - Kanye West

Kanye West, cara. E olha que eu nem gosto de Rap Music, em!? Hip Hop e afins eu prefiro não escutar. Só que esse artista sempre chamou minha atenção, mais precisamente, depois do trabalho dele com o Jamie Fox; eles cantavam aquela música "She Take My Money" ♪ ♪ e tal. Pois é, era maior legal e tudo... Enfim. “My Beautiful Dark Twisted Fantasy” é o mais novo disco do Rapper. Conciso, extenso e eclético em sua elaboração, o álbum procura mais uma vez cair no clichê do artista quanto à inovação constante de seu trabalho. Não mais surpreendentemente, o disco toca num ponto que, na minha opinião, é, no mínimo, apto a se considerar, diria crucial. Tal ponto se resume basicamente à interconexão de sua discografia em relação à sua cinegrafia. Kanye West produziu, dirigiu e interpretou um Curta-metragem de 35 minutos que expunha seu relacionamento com uma Fenix que teria caído na terra. Daí a cada vinheta do Curta, parte de alguma música do álbum era executada, sempre de acordo com a tomada de cena e congruentemente à ordem das mesmas presentes no disco. Mas essa extravagância toda é apenas mero detalhe na obra em questão. O repertorio incluso, esse sim é digno de toda a admiração e a aceitação do público quase que unânime. A forma com que West produziu esses singles beira a perfeição, quase que inexplicavelmente. Eu, particularmente, gostei de todos eles. Bem posicionados e com o término no tempo exato, o disco se torna facílimo de se escutar, sendo bem rápida sua audição por completo. Todas as músicas são exemplares, tanto em sua produção por parte dos sintetizadores, quanto por parte de suas composições. Em especial “Power”, “All of The Lights”, “Devil in a New Dress” e a epônima “Runaway”. Esse Disco foi um dos mais bem trabalhados que escutei esse ano, juntamente com “Wolfgang Amadeus Phoenix” da banda Phoenix; outra obra homérica. Ouçam esse disco e entendam a diferença entre o Hip Hop inteligente e essas outras porcarias auditivas vendidas por aí, parecendo ser produzidas em um daqueles teclados de cantores "covers forrozensses", residentes em bares meia idade.