Bon Iver - Bon Iver

Lembro como se fosse hoje, os meus amigos – grande parte deles – me recriminado solene e deliberadamente pela ausência desse disco no rancking dos 13 do ano passado: “Que isso, cara. Como você não inclui o do Bon Iver e tal...?” Passei uns quatro meses provando o gosto amargo de meu arrependimento até conseguir acordar novamente com inspiração pra escrever sobre algo. Eu tinha escutado esse disco inteiro na noite anterior até adormecer. E como dormi bem... Talvez esse disco seja pra se ouvir em paz, com calma e, talvez, tivesse mesmo que estar no rancking dos 13. Nada disso importa, afinal de contas, a essência, beleza e importância de uma obra não se dão pelo o que ela é, mas sim pelo que causa a quem atinge. O Disco do Bon Iver é desses, sabe? Intimista, lindo e instigante. Assim que comecei a escutá-lo de verdade, pude perceber o tamanho da proporção de sua obra. Sim, o álbum está parecido com os anteriores. Mas quem disse que amor repetido e em demasia faz mal a alguém? Sucinto, calmo, mas também desesperador em matéria de paixão, o homônimo do artista vem carregado de bons sentimentos e boas intenções. Recomendo muito escutarem a faixa três desse trabalho antes de escutarem o disco por completo. Ela funciona como um interlúdio às coisas belas que hão de vir no decorrer da audição. E sim, me arrependi tanto por não ter escrito sobre esse álbum anteriormente, como também por ter desprezado sua essência quando fui falar do que me fazia uma pessoa melhor enquanto amante e apreciador de coisas boas. Este é meu review; tardio e simplório, mas não menos sincero e cativante.


- Download