John Legend - Once Again

É que eu morro de vontade de escrever algo sobre esse cara. O problema é que conheço muito pouco sobre o próprio. Por isso nessa madrugada, exatamente agora, peguei um disco dele pra escutar. Escutar de forma com que consiga imaginá-lo tomando um chá comigo. Explicando sua própria essência. Revelando o que estava sentindo enquanto elaborava suas composições. O que eu acho curioso nesse disco são as lembranças que me vem de coisas não vividas. Seria como uma saudade do que não aconteceu. Quando eu escuto esse disco sinto falta, por exemplo, da Audrey Tautou. Estranho, mas acontece. Embora muitos críticos especializados no assunto achem “P.D.A. (We Just Don't Care)” a melhor, ou pelo menos a mais bem produzida. Eu fico com “Show me”. É justamente essa música que me da essa “saudade” dita a pouco. Esse “Once Again” é uma delicia de se escutar. Começa meio tenso com “Save room”, mas depois se torna suave com “Heaven” e assim por diante. Eu acredito que John Legend fez esse álbum pra alguém especial. As letras não são tão emotivas. Não são lamentosas. São de dedicação de afeto, carinho e amor a alguém. Sim, Prova disso é “Each Day Gets Better” que por sua vez introduz uma das mais belas do álbum, com certeza; “P.D.A. (We Just Don't Care)” é uma resenha, um aglomerado de todas as músicas que se encontram no disco. A pureza do piano dessa música é tamanha que, me faz pensar por um momento que, existe alguém a minha espera pra fazer amor à luz de velas. E quando ele começa a cantar, então? Vou ser honesto: Particularmente acho uma obra de arte o Legend tocando essa música. Principalmente ao vivo. Outra música interessante é “Slow Dance”. Essa faixa é a que mais se aproxima do glamour do Blues de Chicago. Parece mais uma apresentação amadora de Houlin Wolf em uma noite chuvosa, onde uma dançarina loira e de vestido vermelho dança em cima de seu piano. “Once Again” é um diferencial por ser todo solo. Apenas de John. Não contando com participações de terceiros como “Envolver”; seu sucessor. John expressou nesse disco seu desejo por situações que só poderiam ser concretizadas se a presença da pessoa a quem lhe dedicou esse álbum fosse efetiva. Seria como considerar-se inadmissível o contrário. Embora conheça pouco de John Legend, me apaixono pelas músicas. Talvez o legal seja exatamente isso. Apaixonar-se pelo desconhecido. E fazê-lo parte da rotina.

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Um comentário:

  1. Isso é muito, muito, muito cabuloso. Hehe, nem preciso dizer o tanto que me identifiquei

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