Kvelertak - Kvelertak

A única coisa que sei sobre esses caras é que são alcoolatras, noruegueses e que o baterista; que, toca pra burro, é fã de Motorhead. Então, eu achei esse compacto meio que na cagada, aqui. Peguei um monte de discos com um amigo meu há um tempo atrás. No começo do ano passado... Quando olhei, de primeira eu achei a capa bem legal, daí pensei que era um folkzinho clichê desses que escuto aqui e tal. Quando pus pra ouvir, logo de cara, já escutei um grito furioso do pessoal, parecendo ecoar o nome da banda: Kvelertak! Coisa de adolescente, mesmo. Mas que disco legal de escutar, Deus me livre. As guitarras são tão consistentes que ofuscam quase que por completo os guturais furiosos do vocalista; um barrigudo meio de mal com a vida. O auge do disco chama-se “Blodtorst” e “Offernatt”, ambas bem no meio, mesmo. Com solos abusivos e as guitarras mais pesadas que eu já vi na face da terra. O álbum todo, a todo o momento, instiga você a xingar enquanto escuta. Mas se bem que, os sons da Noruega e da Alemanha costumam ter a fama de serem bem headbangers, afinal. Eles abusam da melodia e o acréscimo de tudo enquanto parece não ter fim. Parece até que as músicas são infinitas e que a todo final de um refrão vem sempre algo maior pra continuar a sequência. Eu e metade da Europa ocidental não conseguimos rotular o que possa ser o som desses caras. Mas o choque e a queda pra trás ao escutá-lo é dada como certa à quase todo mundo que goste de Metal Hardcore. O que eu achei mais legal é que não nota-se pedal duplo por parte da bateria, além do mais, as passadas são rápidas, mas não breves; se estendem até o final do riff, causando assim uma enorme impressão de continuidade e empolgando ainda mais quem escuta. O primogênito da banda já vem com status de 3º ou 4º disco por sua consistência e elaboração. É digno esperar o segundo com, no mínimo, expectativa e ansiedade.

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