Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience & Grace

Não só esse compacto, mas a obra toda do Dave frente ao Foo Fighters se resume, basicamente, em sagas acústicas, seguidas do pós-grunge que todo mundo que escuta a banda já conhece. Não obstante, esse disco aqui se torna um referencial quando as noções básicas são: batidas de violão junto a riffs de guitarra. Pra quem não conhece fica meio difícil entender mesmo. Acontece que depois do “Color and The Shape” a banda optou por adotar uma dinâmica diferente em relação à composição das melodias em suas canções. Em tese, a nova forma de trabalho seria suspeita por uma bipolaridade entre o acústico e o Hard Rock clássico em seus próximos discos. Comecemos observando, então, o “In Your honor”; de 2005. Nesse disco há duas vertentes distintas, por si só: a primeira se trata do pós-grunge já evidente da banda, e a segunda se trata de singles acústicos, que soam mais como anestésicos com o intuito de acalmar o final da audição. Bom, o “Echoes, Silence (...)” não foge dessa nova linha de produção. Mas o fato é que esse disco é bem mais conciso, e o fator é simples, óbvio e evidente: Aqui, Dave conseguiu unir, novamente, as duas vertentes ditas à pouco. Só que ambas em cada música, seguindo assim uma sucessão lógica. Ora, pois. Quase que hegemonicamente, as faixas seguem-se elaboradas por um começo acústico, seguido por uma explosão ditada pelo restante da banda. Tá aí, o pulo do gato. Contudo o trabalho é o mais maduro desde então e expressa abertamente a velhice de todos os integrantes, desde as introduções até as conclusões. As composições, no que dizem respeito às letras, também necessitam de ponderações, afinal são 20 anos de estrada e com isso; o desenvolvimento da famosa pegada Classic Music oriunda das bandas da década de 70/80. A maturidade musical, bem como a inteligência em encaixar as canções no tempo exato, resume bem a evolução do grupo e se faz muito presente no disco em questão. Um dos melhores que já mil vezes escutei.

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3 comentários:

  1. é o seguinte, Paulo: não curto a banda, sabemos!
    mas a sua descrição impressiona e a análise musical que você consegue fazer atrelada a viagem temporal é fascinante, o que me intriga me move ao download e eu acho inacreditável alguém me fazer gostar do que eu parei de escutar a tempos, mas as suas palavras conseguem essa façanha!

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  2. Cara, esse cd é dos mais fodas. Nem tem o que falar. Muito bom mesmo.

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  3. ÉÉÉ. Costumo dizer que um blog é bom quando diz tudo que eu quero dizer, mas não sei como. Parabens pelo blog e pelo gosto musical. :D

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